Aprender como fazer um mapa mental é uma tarefa simples que qualquer pessoa buscando produtividade deveria conhecer um dia. As suas vantagens são inúmeras e podem definitivamente transformar a nossa forma de trabalhar e estudar.
Imagine você olhar uma folha de papel cheia de notas coloridas e poder recitar pensamentos inteiros do seu autor predileto? E lembrar de conhecimentos profundos de um livro o revisando apenas por 5 minutos?
Compreender o que são mapas mentais pode garantir uma ferramenta de aprendizado acelerado incrível, que além de ensinar a lidar melhor com os conhecimentos, favorece a memorização e organização pessoal também.
Eles possibilitam comprimir grandes quantidades de informações sobre qualquer assunto, aumentando também a qualidade em precisão de tudo o que você queira aprender ou apresentar as pessoas.
Ele poderiam nos ter sido ensinado na escola. E como teriam sido mais fáceis e proveitosos os nossos estudos se soubéssemos como criar um mapa mental!
Com essa ferramenta, temos também a possibilidade de resumir um livro inteiro qualquer em apenas uma única folha, não é incrível?
Tony Buzan, o criador dos mapas mentais, enquanto professor universitário, se deu conta que o método tradicional de anotações lineares era pouco eficiente na aprendizagem.
Dessa forma, ele pensou nesse método com intuito de estimular algumas partes do cérebro. Sobretudo aquelas voltadas para a memória, criatividade e concentração.
Nessa leitura, aprenderemos mais sobre tudo isso e como fazer um mapa mental que traga todos esses benefícios. E claro, não tem forma melhor para isso do que aprendendo como resumir um livro para aplicar essa técnica.
Leia até o fim e aprenda esse método incrível, que certamente será uma mão na roda para tornar qualquer trabalho ou estudo mais fácil e proveitoso.
O Que é Mapa Mental?
O mapa mental é uma ferramenta utilizada para organizar informações através de símbolos, imagens e gráficos. Ele é utilizado para interpretar a interação do seu criador com os conhecimentos absorvidos por ele.
Foi criado por Tony Buzan, um autor britânico da psicologia, assuntos relacionados ao cérebro e um dos maiores especialistas sobre processos do pensamento, criatividade e inovação da Universidade de Colúmbia.
Através dos mapas mentais, Buzan descobriu como usar da neurociência para melhorar o aprendizado, criatividade, compreensão e memória. E hoje estimasse que eles sejam utilizados por mais de 250 milhões de pessoas.
Por isso, aprender como fazer um mapa mental pode tornar seu cérebro mais ágil e modernizar a forma como você lida com os assuntos do seu trabalho ou estudos.
Eles funciona ao estudar para provas, desenvolver teses de mestrado e até para organizar roteiro de estudos em concursos por exemplo . Mas serve também na organização profissional e como ferramenta para trabalhos colaborativos em equipes.
Compreender o que são mapas mentais requer entender nossos mapas de referências pessoais também. E que todos os criamos mentalmente, mas geralmente não os tornamos graficamente representáveis.
Quando criamos as associações na mente, que são próprias do aprendizado, elas são como mapas mentais sem formatação e ficam legíveis somente no mundo dos neurônios em nosso cérebro.
Enquanto os benefícios de utilizar esses dados de forma estruturada, é a certeza que eles não serão esquecidos facilmente.
Nós encontramos a partir de um mapa mental os caminhos da mente para nos levar aonde já estivemos um dia.
Os mapas mentais fazem bom uso da nossa memória relacional. E trabalhar ela pode nos fazer representar informações com mais precisão, organização e reunir conhecimentos extremamente complexos.
Exemplo de Mapa Mental
Um exemplo sobre o que é um mapa mental, está quando buscamos uma rota para sair de casa e chegar ao shopping por exemplo.
O trajeto pode ser o mesmo que do seu vizinho, mas a perspectiva do mapa é sempre pessoal, pois é criado na mente do indivíduo com suas próprias referências.
As referências que descrevem um mapa podem ser a imagem da esquina com muro amarelo chamativo, a quadra que ocorreu um assalto outro dia ou o quarteirão daquele bar que você morreu de rir com seus amigos.
Os mapas de referências em nossa rede neural podem ser descritos através das sensações, memórias de acontecimentos ou pensamentos marcantes que só a sua mente pôde interpretar ou criar.
Aos olhos de outras pessoas, talvez esse exemplo de mapa mental não teria valor e nunca seria memorável a eles. Talvez seria um garrancho sem sentido, sem padrão e não traria nenhuma lógica de existir.
Mas quando você observa tais elementos, eles poderiam lhe esclarecer sobre sua posição no tempo, localização e a ordem que as ideias surgiram, principalmente quando foram criadas e porque você as criou.
Então o mapa mental criado de forma física passa a ser uma impressão pessoal, para que a construção de determinado conhecimento possa ser revisto ou até aprendido por outras pessoas.
Como Funcionam os Mapas Mentais
Os mapas mentais funcionam com representações ilustradas que facilitam o registro de dados, anotações múltiplas e informações fora de sequência. Tudo sem necessidade da anotação linear.
Eles funcionam articulando os pensamentos através de conjuntos de imagens, palavras, cores e setas que possibilitam dar sentido e ordem hierárquica as informações que precisam ser compreendidas.
Segundo a pesquisadora e escritora Alexandra Okada, autora do livro Cartografia Cognitiva:
“A imagem visual dos mapas mentais, além de facilitar o surgimento e articulação de novas ideias, possibilita também uma memorização, reorganização, reconfiguração fácil e mais rápida.”
Os egípcios antigos na forma peculiar de como construir um mapa mental, utilizavam gravuras ou símbolos conhecidos pelo povo. Eles davam um significado inteiro sintetizando imagens no lugar de palavras.
Todas as lições religiosas, leis civis, aprendizados filosóficos e conhecimentos gerais estavam ali nos pergaminhos, pilares e muros do chão ao teto.
Os jovens deveriam percorrer o interior de cada templo. Dentro deles, estariam as gravuras ensinando as lições que lhes permitiriam avançar para uma nova fase da vida num processo de desenvolvimento pessoal.
Todos os cidadãos egípcios passavam pelo mesmo percurso.
Os templos eram as escolas do povo, e suas gravuras ou hieróglifos formavam nada mais do que mapas mentais rústicos, mas funcionais para contar suas parábolas e ensinar grandes ensinamentos milenares.
Certamente eles aprenderam como criar um mapa mental que fosse eficiente para o aprendizado de todo o povo, que é considerado um dos mais cultos e evoluídos da antiguidade.
Segundo Buzan:
“Construir o mapa mental é seguir o fluxo de raciocínio do cérebro sem intervenções. É normal ficar visualmente bagunçado mas é perfeito para memorizar e estimular o raciocínio sobre assuntos a serem estudados ou revisados.”
Na realidade é sua mente que comanda como fazer um mapa mental. E você apenas organizar as informações.
Os Benefícios dos Mapas Mentais Para A Produtividade e Aprendizado
Antes de compreender como fazer um mapa mental para resumir um livro, é preciso entender melhor porque utilizar ele. E essa questão passa pelos seus motivos essenciais no aumento da capacidade de aprendizado.
Em estudo dirigido pela Universidade de Londres – UK, sobre a efetividade dos mapas mentais nos estudos, concluiu-se que seus benefícios são de 10% a 15% no aumento e retenção da memória.
Além de poder facilitar a compreensão de problemas complexos que acontecem no mundo dos negócios.
Uma pesquisa feita com usuários dos mapas mentais, identificou que mais de 50% dos entrevistados os utiliza para gerenciar projetos ou seus conhecimentos e quase 40% utilizam para o planejamento estratégico.
A pesquisa ainda levantou que os mapas mentais beneficiam os entrevistados em:
- 92% – refinar informações e alcançar clareza mais rapidamente
- 83% – compartilhar suas ideias com maior clareza e impacto
- 81% – gerenciar projetos com mais eficiência
- 67% – identificar as causas dos problemas de negócios
Esses são apenas alguns benefícios ao construir um mapeamento mental, e vão bem além de resumir um livro como você pode ver.
Além desses, existem muitas outros benefícios apoiados por pesquisas demonstrando que os mapas mentais:
- Permitem o aprendizado mais significativo e envolvente
- Estimulam e trazem benefícios para a criatividade
- Aumenta a clareza e objetividade da escrita
- É flexível, fácil de criar e compreender
Muitos conhecimentos da neurociência colaboram com essas pesquisas para validar os benefícios dos mapas mentais. Mas talvez exista uma principal, vamos conhecer ela.
Por Que Os Mapas Mentais Facilitam O Aprendizado?
Como sabemos, o cérebro é dividido em dois hemisférios. O esquerdo é basicamente responsável pelas atividades racionais, já o lado direito está voltado para conhecimentos práticos com funções emocionais.
Ao estudar, acionamos a parte esquerda do cérebro, a parte lógica. E nesse momento constrói-se um raciocínio, iniciado pela concentração sobre o que está sendo estudado.
Por vez, o lado direito e mais emocional começa a conturbar a concentração. Geralmente traz isso com pensamentos de lazer, buscando mais conforto e doses de prazer como recompensa.
Por isso, unir as funções racionais e emocionais são o que potencializa a concentração e, consequentemente, a absorção do conhecimento, nos fazendo ser mais produtivos como resultado.
Dessa forma, qualquer trabalho cognitivo também tem notórios benefícios. Pois o grau da nossa atenção, resumida pela quantidade de concentração e qualidade do foco, são a ignição para o cérebro aprender.
São eles os processos cognitivos conhecidos e responsáveis pela plasticidade cerebral no aprendizado. Um conceito já esclarecido pela neurociência e que prova como nosso cérebro se modifica ao aprender.
Quando se junta o raciocínio lógico e escrita com desenhos, setas e cores, a parte direita do cérebro também é estimulada no processo.
Dessa forma é possível ter a participação desse hemisfério cerebral como aliado na hora da concentração no aprendizado.
Os benefícios são tão interessantes que aprender como construir um mapa mental pode ser útil até mesmo para traçar e focar objetivos de vida.
Para não dizer que existem realmente relatos de pessoas de sucesso que utilizam os mapas mentais como um roteiro passo a passo de como avançar com suas metas sem se perder pelo caminho.
Leia também → 74 Dicas Sobre Como Aprender Melhor, Mais Rápido E Profundamente
Como Construir Mapas Mentais Com O Pensamento Radiante
Nosso cérebro não funciona como um computador de forma linear e sequencial, mas sim de modo explosivo e expansivo (radiante).
E de uma simples palavra, uma explosão de pensamentos acontece.
Pense na palavra carro!
A partir do momento que você fez algum trabalho mental sobre a palavra carro, talvez tenha pensado no seu carro ou no trânsito que enfrentará. Mas talvez tenha pensado em automobilismo, ou no seu documento atrasado.
O que esse pensamento radiante tem a ver sobre como criar um mapa mental?
Tudo!
Para compreendermos melhor, vamos fazer esse simples exercício:
- No centro de uma folha, faça um círculo e escreva a palavra felicidade.
- Saindo dela, desenhe cinco linhas.
- Agora, nas pontas de cada linha, escreva as cinco primeiras palavras que lhe vierem à cabeça ao pensar em “felicidade”.
No meu mapa mental, surgiram as palavras “família”, “comemoração”, “dia ensolarado” entre outras. Todas simbolizam realmente o que está no meu mapa de referências pessoais quando o assunto é felicidade.
Não precisa ser algo bem desenhado, e a forma correta como fazer mapas mentais está mais ligado as palavras chaves que são um gatilho para outras novas.
Dessas cinco palavras geradas, outras cinco poderiam surgir facilmente trazendo outras referências.
Isso é um pensamento radiante, o resultado da reflexão sobre pensamentos que foram construídos por outros, em um efeito cadeia.
O pensamento radiante não se passa da nossa rede neural interligando todos os nossos conhecimentos obtidos. Ela que vai conduzir nossa mente em como fazer um mapa mental para resumir um livro mais a diante.
Da mesma forma que o mapa mental da felicidade teve associações dentro da mente, existem inúmeros outros caminhos neurais desenhados para os livros que lemos, pessoas, lugares ou experiências que vivemos.
As Regras Essenciais para a Criação de um Mapa Mental
Aprender como fazer um mapa mental de um livro requer algumas regras essenciais para que sua mente interaja corretamente com a informação e ela possa ser lembrada.
Tony Buzam em seu livro “Dominando a Técnica dos Mapas Mentais”, explica os fundamentos de cada passo da construção dos mapas mentais e explica o valor de cada um deles no processo.
Todos tem um propósito bem claro de copiar a forma que a mente funciona ao aprender. Vejamos algumas dessas regras:
Palavras-chave
O uso das palavras-chave é fundamental. Pois o que será escrito no mapa é o sumo do sumo, e por vezes, é o resumo de páginas ou até mesmo capítulos inteiros em apenas uma ou duas palavras.
Raciocinar para encontrar as palavras-chave ideais é um exercício de reflexão sobre o aprendizado e, por consequência, para a memória poder as resgatar depois.
Quanto melhor for essa seleção de palavras, mais notória ela se torna na sua mente, além de ser mais rápido o acesso de um conhecimento quando for feita a releitura do seu mapa.
Por isso, é importante selecionar bem as palavras-chave do texto que estiver sendo lido.
A sua palavra-chave será seu gatilho mental para a memória reaver o conteúdo que está encadeado a ela. Não é somente o significado da palavra, mas de representações em escala maior para a mente.
Não tem um mínimo ou máximo de palavras a serem utilizadas por tópico, a sugestão é que se faça o esforço necessário para resumir o conteúdo em uma palavra.
Caso não seja possível, busque por duas. Quando perceber que mesmo assim não seja possível, acrescente uma palavra a mais por vez, no esforço de compactar conceitos completos em forma de palavras chaves.
Elemento Central
Todo mapa mental é iniciado pelo centro da folha. Primeiramente, define-se esse elemento, como o nome de um livro ou de uma tarefa a ser realizada por exemplo.
Segundo Buzam:
O recomendado é que o elemento central seja uma figura. E você pode colorir a imagem dela com pelo menos 3 cores diferentes.
As imagens podem representar muitas informações juntas e quando temos o trabalho de criar ela no esforço de representar conhecimentos, podem tornar-se chaves para trazer a tona tudo na mente de uma vez.
Feito isso, a partir desse elemento serão originados os ramos ou linhas de orientação.
Daqui surge o conceito de Pensamento Radiante, que nada mais é que uma explosão conceitual de pensamentos sobre determinado assunto, o chamado brainstorming mental.
Linhas e Setas de Orientação
Essa é a representação e conexão entre os conceitos. É importante que as linhas tenham características representando o tipo de interação que tem com outros elementos.
Caso queira dar novas interpretações, utilize círculos, triângulos, um projétil saindo de uma arma ou qualquer formato que simbolize a interação.
Nas linhas de orientação você pode ainda utilizar imagens pequenas e pontuais. Como símbolos que deem sentido conceitual maior.
O mais comumente encontrado na forma como fazer um mapa mental é utilizando ramificações como raízes de árvores. Elas começam mais grossas quando saem do elemento central, e depois se afinam mais.
A criatividade é sua aliada e deve ser muito explorada. Caso seja possível, explore ela até mesmo na criação das linhas de ligação do mapa mental.
Por mais que pareçam estranhas as suas linhas, caso elas simbolizem vinculo por força da criatividade, sua mente vai saber reconhecê-las imediatamente.
O importante é que tudo seja feito por você e realmente tenha imprimido a sua pessoalidade diante do livro que estava sendo lido ou da tarefa que precisa ilustrar antes de resolver.
Imagens-chave
As imagens são ótimos auxiliares de pensamentos e servem como ótimos gatilhos mentais também. Como já comentado, ela pode ser o elemento central do mapa mental, mas não se limite a utiliza-las somente para isso.
Normalmente, uma imagem pode conter muitos significados ou ideias juntas. É o que acontece com o símbolo das olimpíadas por exemplo, as cinco argolas, cada uma de cor diferente.
O símbolo das olimpíadas representam a união dos cinco continentes pelos esportes. Assim como o crucifixo representa a santa trindade entre pai, filho e espírito santo por exemplo.
Perceba que significados são ganhos a todo o momento, mas quando são criados dentro da mente, podem ser vínculos poderosos para as nossas memórias.
Uma imagem vale mais do que 1 mil palavras!
Existem inúmeras imagens representadas por outras pessoas, mas aqui devem vir imagens criadas exclusivamente por você em sua mente.
Aprender como fazer um mapa mental requer reconhecer esse papel que as imagens têm para sua construção.
Elas são úteis principalmente para resumir pensamentos complexos ou acontecimentos importantes e muito presentes do que aconteceu para o entendimento da leitura de um livro por exemplo.
Cores
A utilização de diversas cores na hora de fazer os mapas mentais vai além da diversão e movimento.
Cores diferentes estimulam a parte direita do cérebro, quebram a monotonia de uma cor só, e por consequência, aumentam o foco e a concentração.
Além disso, há o fortalecimento da memória visual, uma vez que para o cérebro, aquele assunto acaba se tornando mais significativo pelos seus elementos que entram em contraste.
É assim que certas publicidades conseguem se comunicar com nossa mente inconsciente. Pois existe uma psicologia das cores que tem muita participação na nossa vida.
A core verde geralmente é utilizada por empresas que cuidam de saúde, o azul é utilizado em firmas que querem passar mais sobriedade, o amarelo estimula o apetite e vermelho dá senso de urgência por exemplo.
Busque dar interação para as cores que for utilizar e circule grupos de palavras que se complementem.
Tente colorir ilustrações, as utilize e combine sabendo que a cor é uma informação em si, que retrata uma sensação, ideia ou alerta a outro modo de pensar sobre o que foi estudado.
Você Deve Fazer seu Próprio Mapa Mental
Se a simples utilização de diversas cores já facilita o processo de memorização no aprendizado, não tem sentido a utilização de mapas mentais prontos para isso.
É preciso que você mesmo faça seu próprio mapa mental quando o assunto é a memorização. Pois o ato de criar, por si só, já é memorável para a mente.
Enquanto você está criando um projeto e retratando suas próprias impressões para o mapa mental, está acessando áreas do cérebro responsáveis por gerar lembranças que serão mais acessíveis no futuro.
O bom uso dos mapas mentais prontos pode ser útil apenas para a compreensão de assuntos já conhecidos pelos outros. É por isso que engenheiros e técnicos utilizam diagramas com gráficos entre os projetos em equipes.
Bem, está na hora de algum exemplo prático agora. Para isso, observe como o Renato Alves faz a criação de um mapa mental passo a passo nesse exemplo em vídeo:
Como Fazer um Mapa Mental Para Resumir um Livro em 4 Passos
Depois de ter entendido os benefícios dos mapas mentais, bem como as regras básicas para aprender como fazer um mapa mental, é hora de aplicar todos esses conceitos e irradiar ideias (Pensamento Radiante).
Quando lemos um livro, boa parte do que foi assimilado durante a leitura acaba sendo esquecido. Pelo mesmo motivo, devemos ter nossas anotações sempre em mãos e fazer revisões inteligentes periodicamente.
Por isso o mais recomendado é resumir ao término de cada capítulo, retratando rapidamente o seu conhecimento para um mapa mental. E mais tarde, com uma breve revisão do mapa, você tem tudo fresco na mente para quando precisar.
E como fazer um mapa mental para organizar o que foi aprendido e não perder conhecimentos nunca mais?
1º Passo
No centro de uma folha de papel em branco e na posição paisagem, escreva o título do livro ou desenhe uma imagem que possa representar o livro.
Busque utilizar sua imaginação e criatividade desde o princípio com as ideias que aparecerem na sua mente.
Por exemplo. Suponha que a história do livro seja da biografia de um homem que superou dificuldades e tornou-se um sucesso vendendo água.
Então desenhe a figura de um homem cadeirante, carregando um tambor gigante de água nas costas, subindo uma montanha alta, e no topo, seu troféu.
Torne a figura caricata e no sentido histórico que ela representa. Passe a colorir a figura, e saiba que algum esmero nesse processo pode tornar o conceito ainda mais memorável para a sua mente.
Sintetize as ideias visualmente, mas sempre crie em sua mente. Depois exponha, mesmo que o desenho fique horrível, pois isso é o que realmente menos importa para aprender como construir um mapa mental.
O que importa é o engajamento que seu cérebro teve na criação dessa imagem, e acredite, esse é um forte marco para a memorização do conteúdo do livro.
2º Passo
Como vimos no conceito de pensamento radiante, vários pensamentos e ideias surgem de qualquer conceito. É hora de selecionar essas ideias e jogar no papel agora.
Para ficar mais fácil, desenhe um ramo a partir da imagem/texto central e escolha as palavras chaves que sintetizam melhor o primeiro capítulo do livro.
Os represente como os ponteiros de um relógio, sempre no sentido horário para lhe fornecer o senso de ordem de raciocínio em que leu a história do livro.
Escreva o título do primeiro capítulo do livro, que geralmente já resume bem. Ou então, simplesmente utilize o termo ‘Capítulo I’, o nome de algum personagem ou o novo conhecimento que aprendeu do livro.
Separe uma cor para cada ramo que sair da imagem/texto central, ou dê outra finalidade ao sentido das suas cores.
Elas podem ser utilizadas conforme você entende os altos e baixos de um capítulo, para retratar suas próprias sensações como leitor ou distinguir a participação dos personagens da história por exemplo.
Isso deixará seu mapa bem colorido e seu cérebro associará aquela cor a determinada fase da história. No caso, elas poderiam ser a ordem cronica para cada capítulo, o que pode ajudar na organização das suas ideias.
Segundo Tony Buzam, os ramos precisam ser desenhados em curvas em vez de linhas retas. Por quê?
“Um mapa mental criativo com linhas retas é maçante demais para os olhos! O cérebro é sempre mais atraído pelas linhas curvas que existem na natureza.”
Essas linhas podem também receber pequenas imagens, símbolos, palavras e até números. Qualquer forma de representatividade necessária para associar uma palavra-chave com a outra.
3º Passo
Selecione cinco ou mais palavras chaves para cada capítulo. Podem ser subtítulos do próprio livro ou ideias centrais que foram obtidas durante a leitura daqueles capítulos.
O importante nesse momento é você reunir as palavras que te levem aos eventos centrais do que foi relevante em cada fase da história.
Escrever uma frase resumindo o coadjuvante já pode ser o suficiente para englobar toda a participação dele na história e desencadear todos os eventos que ele participou no livro.
Mas talvez dependendo da complexidade você queira novamente recorrer a mais uma imagem. Sim, elas são ótimas e a sua liberdade de criação é o que enriquece seu mapa mental mais ainda.
Perceba as características marcantes e retrate elas com figuras, isso pode ser mais efetivo ainda em certos casos.
Por que não deixar isso ao encargo da sua mente enquanto se diverte em meio ao processo?
Faça o mesmo com locais ou eventos que os personagens participaram. Dessa forma você compreenderá como fazer um mapa mental realmente eficiente, registrando significados para os acontecimentos.
É o que ocorre na história de “Os 3 porquinhos”. Quando falamos na “casa de palha”, por exemplo. Lembramos do porquinho desleixado que zombava do lobo, que nem precisou de muito folego para derrubar a casa.
E quando falamos sobre o “sapatinho de cristal” da Cinderela?
Isso nos traz lembranças sobre eventos que ocorreram com o príncipe. Seja o sapatinho que se perdeu, ou ao mesmo tempo, toda a jornada do sapatinho de cristal sendo provado em cada mulher do reino e etc.
Perceba que minha leitura do “sapatinho de cristal” pode ser bem diferente da sua, por isso um mapa é algo bem particular. Ele funciona melhor quando interpretado por nós mesmos em nossa mente, pois é ela quem constrói os significados.
4º Passo
Agora que você tem um capítulo por ramo, cada um com uma cor diferente, e também escolheu cinco ou mais palavras chaves para cada capítulo, escolha outras palavras chaves para cada uma dessas.
Escolha bem as palavras chaves e faça elas terem alguma relação com os tópicos chave de onde foram retiradas.
Essa segunda camada de ramificações não é obrigatória, mas pode ser a ultima necessária para finalizar o resumo do livro dependendo do tamanho. Mas compreenda que as ramificações não tem limites, senão os dos conhecimentos que você conseguiu extrair do livro.
Raciocine com calma e escolha termos que resgatarão mais tarde na memória esses eventos centrais de cada capítulo.
Quando necessário, utilize imagens nesse processo, elas podem ser facilitadoras incríveis para lembrar de acontecimentos enormes!
Imagens, símbolos e formas são mais fáceis de lembrar que palavras, além de estimular novas sinapses mentais e vincular elas aos dados utilizados na criação.
Cada ramificação que você puxar de qualquer ideia central deve conter palavras-chave ou imagens que desencadeiem um pensamento radiante.
Esse é o segredo de como fazer um mapa mental para resumir um livro de forma memorável.
Conclusão
Com esses mapas mentais em mãos, nunca mais você precisará reler um livro. Basta revisar a história olhando por 5 minutos o que foi gerado pelos seus pensamentos radiantes.
Com uma revisão espaçada, o livro será cada vez mais fixado na sua memória, assim como o aprendizado se apresentará cada vez mais consolidado com o tempo.
Logo, você não precisará mais desse livro e nem mesmo do próprio mapa mental, pois o conteúdo em certa altura poderá estar todo na sua cabeça.
Realmente o mapa mental descomplica o aprendizado e muitas outras tarefas que necessitam de uma grande carga de esforço para serem trabalhados.
No final das contas, resumir um livro com mapas mentais é apenas uma das inúmeras possibilidades tanto para profissionais quanto estudantes. Espero que através dessa leitura você tenha percebido isso.
Sabe a ideia de comprimir dados enormes e volumosos para caberem em pouco espaço?
É exatamente isso que buscamos ao resumir um livro, mas com esses mapas mentais a compactação é realmente mais poderosa, e o melhor, retratando como nosso cérebro funciona no aprendizado.
Certamente após ler essas dicas, você já sabe o básico para fazer um mapa mental incrível.
Bastante elucidativo. Quase que apetece fazer mapa mental desta aula! Parabéns
Olá Carlos, obrigado por valorizar o artigo. Fazer mapas mentais é um prazer recompensador para a memória e aprendizado, espero que você experimente qualquer momento para provar por si mesmo…