O que é mais importante no desenvolvimento pessoal, a nossa inteligência emocional ou inteligência intelectual?
Caso você ache que é o QI, quociente intelectual, pode se surpreender com o que aprenderá nessa leitura. Pois alguns especialistas até argumentam que nosso QE, quociente emocional, é mais importante para o nosso sucesso que a própria inteligência cognitiva.
Bem, se você não tem certeza o que é inteligência emocional, veio ao lugar certo. Nessa leitura você aprenderá o que ela significa, como surgiu seu conceito, os estudos e por que você deve focar mais sobre ela.
Mas ao final, você vai conhecer 16 formas de como melhorar a inteligência emocional para tornar seu conhecimento em algo mais prático ainda.
O Que é Inteligência Emocional?
A definição mais simples de inteligência emocional é descrita como a nossa capacidade de perceber as próprias emoções e de outras pessoas, para as distinguir corretamente e usar essas informações emocionais para guiar nossos pensamento, comportamento e influenciar também a dos outros. (Daniel Goleman – psicólogo e jornalista).
Inteligência emocional é o que usamos quando sentimos empatia com colegas de trabalho, ensinamos as crianças ou quando conversamos profundamente sobre nossos relacionamentos com outras pessoas importantes.
Essa inteligência nos permite conectar com os outros, extrair o melhor delas, nos entendermos e vivermos uma vida mais controlável, saudável e feliz.
Embora existam muitos outros tipos de inteligência, e elas geralmente estão conectadas umas as outras, existem diferenças bem significativas entre elas.
Quociente Emocional X Quociente Intelectual
O QE é nosso quociente emocional, e como afirmado acima, tem tudo a ver com identificar emoções e nos comunicarmos no campo dos sentimentos.
E isso está presente em nossa comunicação interpessoal e intrapessoal, de forma direta ou indireta também.
O QI, por outro lado, é o quociente intelectual e cognitiva. Esse é o lado da inteligência que as pessoas geralmente estão mais familiarizadas, pois é mais frequentemente referida quando a palavra “inteligência” é usada.
É também a mais mensurável através de testes de desempenho e estimativas através da média de notas em testes por exemplo.
A Inteligência Emocional e A Inteligência Social
A inteligência social está mais intimamente relacionada à inteligência emocional do que o QI, pois ambos têm ligação com situações sociais ou emocionais. No entanto, esses são dois tipos distintos de inteligência, mesmo que se assemelhem um pouco.
A nossa inteligência emocional está relacionada ao presente, na medida em que é utilizada para identificar e gerenciar as emoções do momento.
A inteligência social usa algumas dessas mesmas habilidades, mas geralmente tem foco no futuro. Ela permite que você entenda sentimentos, personalidades e comportamentos de si mesmo e de outros, a fim de buscar resultados positivos.
A Inteligência Emocional na Psicologia
A inteligência emocional preencheu uma lacuna do entendimento principal da inteligência, especialmente para os psicólogos.
Esse campo sempre parecia ter o entendimento geral de que o QI não era tudo, e as teorias do que eram exatamente os outros componentes da inteligencia variavam muito, portanto os psicólogos não podiam concordar com um único conceito ou ideia.
Mas quando o conceito de inteligência emocional foi introduzida pela primeira vez, os psicólogos perceberam que esse era o aspecto da inteligência que estavam procurando.
Os Três Principais Pesquisadores Da Inteligência Emocional
Para se ter uma ideia da linha do tempo sobre a introdução e adoção do conceito de inteligência emocional na psicologia, podemos começar com o trabalho de Peter Salovey, Daniel Goleman e depois de Travis Bradberry.
1. O Trabalho de Peter Salovey
Peter Salovey, com seu colega John Mayer, apresentaram uma das primeiras teorias formais da inteligência emocional em 1990. Eles cunharam o termo inteligência emocional e o descreveram como
“a capacidade de reconhecer, entender, utilizar e regular emoções efetivamente todos os dias da vida” Yale Center for Emotional Intelligence – 2013.
É o trabalho deles que provocou uma explosão de interesse pela inteligência emocional, tanto no campo acadêmico quanto no público em geral.
2. Daniel Goleman e Seu Renomado Livro
Pouco depois de Salovey e Mayer introduzirem a inteligência emocional no mundo, outros pesquisadores e psicólogos começaram a acompanhá-la.
Daniel Goleman era um desses psicólogos; ele publicou o um best-seller com o livro Inteligencia Emocional em 1995, que ajudou a introduzir o conceito no mainstream.
Goleman viu a inteligência emocional como um fator vital para o sucesso, especialmente das crianças.
Ele propôs a promoção da aprendizagem social e emocional das crianças para aumentarem sua inteligência emocional, não apenas como forma de melhorarem suas habilidades de aprendizagem, mas também para o maior sucesso na escola, reduzindo ou eliminando alguns dos problemas comportamentais mais perturbadores e prejudiciais a elas.
Sua proposta foi bem recebida pela comunidade de pesquisa e pelo público em geral, e agora é quase certo que a inteligência emocional pode ser tão importante – se não mais importante – para o sucesso individual quanto o QI.
3. Travis Bradberry e A Inteligência Emocional 2.0
Após o livro inovador de Goleman, o autor Travis Bradberry e sua colega Jean Greaves capitalizaram o crescente interesse em inteligência emocional e publicaram seu próprio livro, Emotional Intelligence 2.0: Você Sabe Usar A Sua? , que descreve um programa passo a passo para aprimorá-la.
Bradberry e Greaves propuseram 66 estratégias baseadas em evidências para construir a inteligência emocional, ensinando autoconsciência, auto gerenciamento, consciência social e gerenciamento de relacionamentos.
Os autores afirmam que o livro, elogiado pelo próprio Dalai Lama, pode ajudar pessoas a entenderem melhor as emoções de si mesmas e dos outros, oferecendo um pré e pós-teste para comprová-la.
As Pesquisas e Estudos Sobre a Teoria do QE
Há muita pesquisa sobre a inteligência emocional e suas manifestações, associações e consequências, mas existem três estudos relativamente recentes que receberam muita atenção, vejamos eles:
- A pesquisadora Lynda Jiwen Song e colegas (2010) realizaram um estudo de como a inteligência emocional e a inteligência cognitiva afetam positivamente o desempenho acadêmico e as interações sociais dos estudantes universitários.
Eles descobriram que, embora o QI seja um forte preditor de sucesso acadêmico, o QE também é um colaborador. Além disso, o QE é um fator significativo na qualidade das interações sociais com os colegas, enquanto o QI parece não ter muito papel na vida social de um estudante universitário.
. - Kimmy S. Kee, Peter Salovey e colegas (2009) realizaram testes que trouxeram questões fascinante sobre o QE e doenças mentais: as pessoas com esquizofrenia têm QE significativamente mais baixas do que aquelas sem doença mental.
Eles descobriram que pacientes com esquizofrenia tiveram um desempenho muito pior em três dos quatro testes de QE envolvendo identificação, compreensão e gerenciamento das emoções. E o baixo desempenho nos testes de QE foi associado a sintomas de esquizofrenia profundos.
. - A pesquisadora Delphine Nelis e colegas (2009) colocaram uma das questões mais importantes de todas relacionadas à inteligência emocional em seu artigo intitulado: “Aumentando a inteligência emocional: (como) isso é possível?” Eles fizeram um experimento no qual dois grupos testavam seu QE, uma ao início do estudo e outra no final.
O grupo de tratamento recebeu um “treinamento de QE derivado dos testes de QI (com quatro sessões de treinamento em grupo de duas horas e meia)”, enquanto o grupo de controle não recebeu esse treinamento. No final do experimento, o grupo de tratamento mostrou ganhos significativos no QE, enquanto o grupo de controle não apresentou alterações.
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Esses três estudos responderam a algumas questões importantes e abriram as portas para grande parte dos trabalhos inovadores realizados desde então.
Os resultados mostraram que a inteligência emocional é um fator vital no nosso sucesso, relacionamentos, na qualidade da saúde mental e, o melhor, mostraram que podemos realmente melhorar o nosso quociente emocional.
Ela não é necessariamente uma característica fixa e transmitida pelos genes de alguém (embora isso possa ser a fonte de um nível básico do QE), mas algo que podemos construir e aprimorar com prática.
A Estrutura da Inteligência Emocional
Lembre-se de dois números para ajudá-lo a entender o que é a inteligência emocional: o número cinco e o quatro. Pois existem cinco componentes do modelo de inteligência emocional e quatro dimensões do QE. Vamos entender eles agora.
Os 5 Componentes, Elementos ou Domínios do Modelo de Inteligência Emocional
Segundo Daniel Goleman, existem cinco componentes ou elementos da inteligência emocional que são:
- Autoconsciência – pode ser definida como “a capacidade de reconhecer e entender suas próprias emoções”. É o alicerce fundamental da inteligência emocional, já que nos regulamos, temos empatia por outros e recai sobre identificar e compreender as próprias emoções.
. - Autorregulação – está um passo adiante e para ter um QE alto, devemos não apenas ser capazes de reconhecer nossas próprias emoções, mas também devemos ser capazes de expressá-las, regulá-las e gerenciá-las adequadamente.
. - Motivação – Pessoas que possuem alto QE geralmente possuem uma motivação mais intrínseca. Em outras palavras, essas pessoas são motivadas por razões internas, e não por recompensas externas como ganhar riqueza, respeito ou fama. Elas são motivados por suas razões pessoais e trabalham em direção a seus próprios objetivos.
. - Empatia – ela pode ser definida como a capacidade de entender como as outras pessoas estão se sentindo e reconhecer, em um nível íntimo, como você se sentiria se estivesse na posição delas. Isso não significa que você simpatize, valide ou aceite determinado comportamento, apenas que você pode ver as coisas da perspectiva delas e imaginar o que sentem.
. - Habilidades sociais – E finalmente, habilidades sociais são a última peça do quebra-cabeça do QE; elas permitem às pessoas interagirem e terem sucesso nas situações sociais. Aqueles com QE alto geralmente possuem habilidades sociais acima da média e são capazes de efetivamente perseguir seus objetivos e obter os resultados desejados ao interagir com outras pessoas.
As 5 Principais Habilidades na Estrutura de Inteligência Emocional
Essa estrutura de inteligência emocional foi adaptada para se adequar aos contextos empresariais e organizacionais.
Nesse contexto organizacional, existem algumas sub-habilidades e habilidades para cada componente e contribuem para a maior inteligência emocional ou maior sucesso do funcionário, membro do grupo e membro da organização:
- Autoconsciência:
– Consciência emocional: reconhecer as emoções e seus efeitos;
– Autoavaliação precisa: conhecer os pontos fortes e os limites pessoais;
– Autoconfiança: segurança sobre o valor próprio e as capacidades.
. - Autorregulação:
– Autocontrole: administrando emoções e impulsos perturbadores;
– Confiabilidade: manter padrões de honestidade e integridade;
– Consciência: assumir responsabilidade pelo desempenho pessoal;
– Adaptabilidade: flexibilidade na manipulação de mudanças;
– Inovação: estar à vontade e aberto a novas ideias e novas informações.
. - Automotivação:
– Impulso na conquista: busca de melhorar ou atender a um padrão de excelência;
– Compromisso: alinhar-se aos objetivos do grupo ou organização;
– Iniciativa: prontidão para atuar nas oportunidades;
– Otimismo: persistência na busca de objetivos, apesar dos obstáculos e contratempos.
. - Empatia / consciência social:
– Empatia: sentir os sentimentos, a perspectiva dos outros e se interessar ativamente por suas preocupações;
– Orientação ao serviço: antecipar, reconhecer e atender às necessidades dos clientes;
– Desenvolver outros: sentir o que os outros precisam para desenvolver e reforçar suas habilidades;
– Alavancando a diversidade: cultivando oportunidades através de diversas pessoas;
– Consciência política: lendo as correntes emocionais e as relações de poder de um grupo.
. - Habilidades sociais:
– Influência: manejando táticas eficazes de persuasão.
– Comunicação: envio de mensagens claras e confiáveis.
– Liderança: inspirar e orientar grupos e pessoas.
– Catalisador de mudanças: iniciando ou gerenciando mudanças.
– Gestão de conflitos: negociação e resolução de desacordos.
– Construindo laços: alimentando relações instrumentais.
– Colaboração e cooperação: trabalhando com outras pessoas em busca de objetivos compartilhados.
– Capacidades da equipe: criando sinergia de grupo na busca de objetivos coletivos.
As 4 Dimensões da Inteligência Emocional
De acordo com o QE dos “pais fundadores” Salovey e Mayer, existem quatro dimensões distintas ou ramos da inteligência emocional que formam uma hierarquia de habilidades e habilidades emocionais:
- Perceber emoção – refere-se a estar ciente e reconhecer os estados de outras pessoas (estados físicos e psicológicos, como sentir dores físicas ou sentir-se esgotado), identificar emoções em outras pessoas, expressar suas próprias emoções e necessidades de maneira precisa, adequada, e distinguir entre sentimentos precisos e honestos ou sentimentos imprecisos e desonestos.
. - Usar emoções para facilitar o pensamento – O uso de emoções para facilitar o pensamento envolve redirecionar e priorizar seu pensamento com base nos sentimentos associados a esses pensamentos, gerando emoções que facilitarão melhor julgamento e memória, capitalizando as mudanças de humor para que você possa apreciar vários pontos de vista e usar estados emocionais para melhorar sua habilidade para resolver problemas e criatividade.
. - Compreender emoções – inclui compreender as relações entre várias emoções, perceber as causas e consequências das emoções, entender sentimentos complexos, estados contraditórios e entender as transições entre emoções.
. - Gerenciar emoções – A dimensão final, administrar emoções, refere-se a estar aberto a sentimentos agradáveis e desagradáveis; monitorar e refletir sobre suas emoções; envolver, prolongar ou desapegar-se de um estado emocional; e administrar as emoções tanto dentro de si quanto nos outros.
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Veja a tabela abaixo para ter uma ideia melhor dessa hierarquia.
Os Traços da Inteligência Emocional Explicados
Para uma rápida atualização de características x estados, é preciso compreender o seguinte.
Um estado é um padrão de pensamento / sentimento / comportamento temporário, circunstancial e altamente dependente do ambiente, bem como da personalidade do indivíduo.
Uma característica é um padrão / sentimento / comportamento de pensamento permanente ou semipermanente que é consistente, duradouro e relativamente estável, com características muito mais dependentes da personalidade do que do ambiente.
Com base nessas descrições, podemos ver que a inteligência emocional geralmente cai do lado do traço contínuo de estado, embora nossa inteligência emocional e nossas habilidades relacionadas ao QE possam certamente variar com base nas circunstâncias.
Por exemplo, alguém pode ser mais emocionalmente inteligente em relacionamentos pessoais do que em situações de trabalho, ou vice-versa. No entanto, a inteligência emocional é mais comumente considerada uma característica.
Seguindo a conceitualização das características, vamos nos aprofundar um pouco mais no que torna alguém com baixo ou alto nível de inteligência emocional.
10 Exemplos Característicos da Inteligência Emocional Alta
Existem muitas características que podem ser usadas para descrever pessoas com alto nível de inteligência emocional.
De acordo com Rhett Power, votada como a maior coach para pequenos negócios dos USA, essas são algumas qualidades que melhor descrevem funcionários e líderes com alto QE:
- Eles não têm medo de mudar, entendem os fato e são rápidos em se adaptar.
. - Eles têm a mente aberta e adoram explorar as possibilidades.
. - Eles têm um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal porque sabem quando trabalhar e quando se divertir.
. - Eles têm foco semelhante e não se distraem facilmente.
. - Eles têm a mente aberta e são receptivos a novas ideias.
. - Eles abraçam seus pontos fortes, compreendem suas fraquezas e alavancam o primeiro como compensação do segundo.
. - Eles têm um verdadeiro senso de empatia, o que lhes permite se relacionar com os diferentes e ainda mostrar compaixão.
. - Eles são curiosos, interessados nas pessoas e se envolvem com elas.
. - Eles estão sempre olhando para o futuro e focando em como avançar.
. - Eles perdoam os outros com facilidade e não ficam com rancores.
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10 Exemplos Característicos da Inteligência Emocional Baixa
Por outro lado, existem alguns sinais de baixa inteligência emocional também. As qualidades que descrevem pessoas com baixa inteligência emocional incluem:
- Eles são incapazes de controlar suas emoções.
. - Eles não têm noção dos sentimentos dos outros, mesmo daqueles próximos a elas.
. - Eles não podem manter bons relacionamentos, sejam pessoais ou profissionais.
. - Eles sempre têm uma “cara de jogador”, o que significa que os outros têm dificuldade em entendê-los.
. - Eles geralmente são emocionalmente inadequados para a situação.
. - Eles são emocionalmente surdos e têm problemas para ler emoções pelo tom de voz das pessoas.
. - Eles têm dificuldade para simpatizar com os outros.
. - Eles não têm “controle de volume” sobre suas emoções e especialmente têm problemas de reações emocionais barulhentas.
. - Eles são completamente indiferentes a cenas emocionais em filmes, TV ou livros – não importa o gênero.
. - Eles banalizam a importância das emoções em geral e elevam a importância da lógica antes de tudo.
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Por Que é Importante Desenvolver Habilidades de Inteligência Emocional?
Por que devemos nos preocupar em desenvolver nossas habilidades de inteligência emocional?
Ser capaz de entender suas emoções é fundamental para administrar a energia pessoal e se favorecer da energia compartilhada por outros. Isso porque, como seres humanos, tendemos a ser criaturas altamente emocionais e fazemos essas trocas sociais.
Ser emocionalmente inteligente ajudará você a se conectar com outras pessoas, aumente seu desempenho no trabalho, melhorar suas habilidades de comunicação, torne-se mais resiliente, motivado, ter autocontrole e mais.
Ter um alto nível de inteligência emocional pode torná-lo bem-sucedido em praticamente todos os aspectos da sua vida e em constante desenvolvimento pessoal.
Inteligência Emocional Para o Profissional de Psicologia Positiva
Se você pratica psicologia positiva de alguma forma – talvez como treinador, terapeuta, conselheiro ou educador – provavelmente já conhece os benefícios da alta inteligência emocional.
Ser capaz de entender, reconhecer e gerenciar efetivamente as emoções positivas e negativas, ajudará os profissionais de psicologia positiva em suas interações com clientes, aumentando seu próprio desempenho e a taxa de sucesso dos clientes.
Profissionais que não usam de inteligência emocional com seus clientes podem achar suas intervenções ineficazes. Caso os seus clientes tenham problemas para “ler” você e não puderem usá-lo como um exemplo de inteligência emocional, eles terão dificuldades para aprimorar seu próprio QE.
Autogestão e Gerenciamento de Relacionamento
Autogestão e gestão de relacionamento são duas habilidades vitais para ter na vida. Eles não apenas nos ajudam a levar uma vida mais feliz e saudável, mas também nos ajudam a passar pelos dias desafiadores.
A autogestão é o primeiro passo, pois precisamos aprender a administrar a nós mesmos antes de podermos gerenciar relacionamentos saudáveis e apropriados com os outros. Isso claramente permite controlar suas próprias emoções (até certo ponto) e motivar-se em inúmeras ocasiões.
Melhorar suas habilidades de gerenciamento de relacionamentos permite que você construa laços fortes e se comunique efetivamente em todas as situações, incluindo estar aberto aos outros, expressar seu ponto de vista e convencer outros a serem honestos sem alienar ou ofender ninguém.
A inteligência emocional pode ajudá-lo no local de trabalho – seja você um funcionário, gerente ou proprietário de uma empresa.
Inteligência Emocional no Local de Trabalho
Somente uma organização cujos membros possuem inteligência emocional pode trabalhar com a máxima eficácia. A inteligência emocional aumenta o sucesso da organização, não importa como esse sucesso seja medido.
O ponto principal é que a inteligência emocional é essencial para a excelência do trabalho em equipe. Ela pode fazer maravilhas porque usá-la no trabalho fará você entender como as pessoas e os relacionamentos funcionam.
Colegas emocionalmente inteligentes se sobressaem constantemente em liderança, parcerias e visão de negócio, pois estarão esclarecidos sobre as necessidades organizacionais, seus relacionamentos com o público, diretores, clientes, concorrentes, contatos em rede e da própria marca projetada no mercado.
Uma organização de pessoas emocionalmente inteligentes emprega funcionários motivados, produtivos, eficientes, eficazes, recompensados e agradáveis, além de seus objetivos estarem mais alinhados com a agenda da organização.
Isso ocorre porque a inteligência emocional é aplicável a toda interação humana nos negócios; ter uma equipe com um QE médio alto ajudará no atendimento ao cliente, ideias de brainstorming, apresentações da empresa e inúmeras outras atividades que recaem sobretudo na solução de problemas.
A inteligência emocional no local de trabalho o ajudará a avaliar melhor as pessoas, entender fragilidades e virtudes, entender como se geram as experiências e aprender a evitar lutas pelo poder, julgamentos negativos, resistência e assim por diante, a fim de ter todos como ativos da organização.
Como a Inteligência Emocional Afeta a Tomada de Decisão
Relacionado ao ponto anterior, a alta inteligência emocional também melhorará as habilidades de tomada de decisão. Aqueles que têm um bom entendimento de si mesmos e de quem os rodeia, têm mais probabilidade de pesar todas as opções, manter a mente aberta e remover todas as emoções irrelevantes do processo de tomada de decisão.
Vale a pena notar que pessoas com QE alto não removem todas as emoções de suas decisões, apenas controlam o foco sobre aquelas que podem interferir (como a ansiedade). Isso os ajuda a permanecer focados em objetivos e, ao mesmo tempo, permitir que confiem em seus sentimentos de maneira saudável.
Inteligência Emocional e Comunicação
Para expandir um pouco a seção anterior, a inteligência emocional está intimamente relacionada às habilidades de comunicação; pessoas com QE alto tendem a ser proficientes em suas habilidades de comunicação.
Aqueles que são ricos em inteligência emocional:
- Consideram os sentimentos de outras pessoas.
. - Consideram seus próprios sentimentos.
. - Praticam empatia pelos outros e se relacionam com eles na conversa.
. - Operam sobre confiança, o que significa que eles constroem confiança através de sinais verbais e não verbais, e se expõem honestamente.
. - Reconhecem, identificam e esclarecem qualquer mal-entendido.
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A partir desta lista, fica claro como a inteligência emocional afeta a comunicação: um QE alto eleva a competência nas conversas, isso é um requisito para uma vida pessoal e profissional saudável.
Artigo relacionado → As 5 Leis Mentais do Relacionamento Interpessoal Mais Efetivo
A Importância da Inteligência Emocional nos Relacionamentos
A comunicação leva diretamente ao próximo motivo pelo qual é importante desenvolver a inteligência emocional: construir e manter relacionamentos saudáveis.
É fácil perceber como ter um QE alto pode levar a melhores relacionamentos.
Pessoas com alto nível de equalização podem:
- Ler as emoções de outras pessoas e reagir de maneira adequada e eficaz a elas.
. - Entender e regular suas próprias emoções para que elas não te bloqueiem e nem deixem vazar emoções negativas.
. - Entender que seus pensamentos criam suas emoções e que a regulação dos pensamentos nos permite também regular indiretamente emoções.
. - Conectar suas próprias ações às reações emocionais de outras pessoas; elas sabem quais tipos de consequências suas ações terão sobre os outros e eles podem se sentir e se comportar em resposta.
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Não é de admirar que pessoas altamente inteligentes emocionalmente tenham relacionamento interpessoal e intrapessoal mais estáveis, satisfatórios e de alta qualidade do que aqueles com pouca inteligência emocional.
As pessoas emocionalmente inteligentes percebem como os outros estão se sentindo, reagem apropriadamente a eles, regulam suas próprias emoções e observam seu próprio comportamento para garantir que não ofendam ou perturbem desnecessariamente os outros.
Esses são os ingredientes para um relacionamento saudável e respeitoso, seja esse relacionamento entre amantes, amigos, familiares ou colegas de trabalho.
Inteligência Emocional em Enfermagem e Saúde
A inteligência emocional tornou-se um tópico enorme no campo da enfermagem, e por boas razões.
Os enfermeiros com alta inteligência emocional não apenas superam seus colegas, mas também têm maior probabilidade de permanecer em suas posições atuais, são menos propensos a sofrer sobrecargas e tem maior probabilidade de manter boa saúde física e mental.
Enfermeiros e outros profissionais de saúde prosperam em suas carreiras quando conseguem identificar corretamente as emoções em si mesmos, em seus pacientes, em seus familiares e colegas de trabalho.
A inteligência emocional permite que os profissionais de saúde raciocinem efetivamente; aqueles com alto nível de QE sentem-se à vontade para “confiar em sua intuição”, mas também são capazes de casar efetivamente o raciocínio objetivo com suas emoções subjetivas.
Criando Resiliência com Inteligência Emocional
Finalmente, outro motivo importante para prestar atenção à inteligência emocional é como ela afeta a resiliência.
Pessoas com alto nível de inteligência emocional geralmente também conseguem se recuperar bem quando caem. Por isso a inteligência emocional é considerada por alguns como uma fonte direta de resiliência.
Os pesquisadores Magnano, Craparo e Paolillo descobriram que a inteligência emocional está diretamente relacionada à resiliência e, por essa conexão, está relacionada ao foco nas conquistas e à motivação para as conquistas.
Em outras palavras, aqueles com altos níveis de inteligência emocional são mais propensos a lutar pelo sucesso, manter o foco e perseguir seus objetivos, alcançá-los e voltar ao caminho mais facilmente após falhas ou decepções.
O QE Pode Ser Ensinado e Aprendido?
Como mencionado anteriormente, a inteligência emocional não é um “traço” continuo mas um traço de estado presente. Embora seja relativamente estável e não varie muito por si sozinho, pode absolutamente ser melhorado com a prática.
Com certo esforço, ele pode ser ensinado por pais, professores, treinadores e outros educadores ou profissionais como coaches e psicólogos. Ele pode ser aprendido por praticamente de desenvolvimento pessoal ou qualquer pessoa.
Artigo relacionado → Carol Dweck: Um Resumo Sobre o Mindset e o Poder De Acreditar Que Você Pode Melhorar
Como Podemos Melhorar A Inteligência Emocional?
Então, a verdadeira questão é: Como ensinamos ou aprendemos inteligência emocional?
Felizmente a pesquisa nos deu algumas respostas.
A Inteligência Emocional e Atenção Plena
A atenção plena ou mindfulness é uma ótima solução. Podemos usar a atenção plena para construir e manter nossa inteligência emocional por meio de autoconsciência e autorregulação aprimoradas.
Demonstrou-se que a meditação de atenção plena faz maravilhas na redução ou eliminação da angústia diante de situações tensas e traz aumento considerável no poder de foco.
16 Ferramentas e Estratégias Para Melhorar o Seu QE
O site Positive Psychology juntou algumas ferramentas e estratégias para aumentar os níveis de inteligência emocional. Caso você esteja pronto para começar, tente:
- Observar como você reage aos outros, fazendo um esforço conjunto para se colocar no lugar deles, comprometendo-se a ser mais aberto, e aceitar as perspectivas e necessidades dos outros.
. - Analisando seu ambiente de trabalho e comportamentos. Caso você esteja disposto a começar bem, tente praticar sempre a humildade.
. - Envolva-se sempre com a própria autoavaliação para identificar suas fraquezas e obter uma imagem honesta de si mesmo.
. - Examine como você reage a situações estressantes e trabalhe para manter a calma e o controle.
. - Assuma a responsabilidade por suas ações – isso inclui enfrentar seus erros de frente, pedir desculpas ao errar e tentar consertar as coisas.
. - Examine como suas ações afetarão os outros antes de executá-las e colocar-se no lugar deles para entender completamente as consequências dessas ações.
. - Ser fluente na “linguagem das emoções” ou aprender a identificar, diferenciar e discutir emoções diferentes, mas relacionadas.
. - Nomear suas emoções (isso significa não apenas identificá-las ou reconhecê-las, mas literalmente nomeá-las ou rotulá-las).
. - Usar a terceira pessoa para nos distanciar de nossas emoções – mas sem tentar negá-las ou afastá-lo da realidade.
. - Observando nossas próprias emoções sem tentar consertá-las. Nenhuma emoção é ruim, e é importante reconhecer isso e compreender suas próprias emoções.
. - Sinta suas emoções por seus efeitos fisiológicos, sejam palmas das mãos suadas, músculos tensos, coração batendo forte, etc. É vital sentir nossas emoções para melhor entendê-las e regulá-las.
. - Perca o mito das emoções “ruins”. Não há emoções ruins e não devemos reprimir ou combater nenhuma delas, apenas alguns comportamentos errados que possam ser desencadeados por emoções.
. - Perceber o acúmulo de emoções antes de sermos “dominados”. Isso significa que devemos prestar atenção aos acúmulos incrementais das nossas grandes emoções antes que elas se tornem fortes demais.
- Reconhecendo padrões recorrentes para corrigi-los. Isso pode ocorrer desta forma: “Quando [o estímulo acontece], eu [reação típica]”. Por exemplo, você pode dizer “Quando eu fico com raiva, eu gaguejo”.
. - Anote seus sentimentos ao longo do dia por simples autoconhecimento. Manter um diário é uma ótima ideia por vários motivos, e esse é um deles.
. - Lembre-se que emoções são dados. Isso significa que as emoções são realmente informações valiosas que podem ajudá-lo a ver de uma nova perspectiva, encontrar a verdade e tomar melhores decisões.
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Como você pode ver, muitas dessas dicas e estratégias se resumem a algumas ideias simples (mas nem sempre fáceis): preste atenção em seus próprios sentimentos, tente permanecer objetivo, aceitá-los e pense em como suas ações afetam os outros.
Meu deus que matéria incrivel quantas referencias! É uma otima bussula pra quem está começando nessa jornada, muito obrigada!!!
Muito interessante. Realmente muito instigante. Quero aprender mais sobre o assunto. Gratidão!
Meu primeiro contato com esse Tema QE. Muito bom esse artigo .
Gratidao.🤌🙏