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Memória Declarativa: Definições e Exemplos

A memória declarativa armazena os fatos e eventos que podem ser lembrados ou “declarados” conscientemente. Também conhecida como memória explícita, ela é baseada em informações armazenadas por nossa própria vontade.

A memória declarativa difere da memória processual, que abrange habilidades como do uso de objetos ou movimentos do corpo que estão profundamente arraigados e são executados sem a necessidade da nossa consciência.

A memória declarativa compreende a memória episódica e memória semântica, e o pesquisador Endel Tulving propôs pela primeira vez a distinção entre memória episódica e semântica em 1972.

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Exemplos de Memória Episódica e Semântica

Um componente da memória episódica é baseado em eventos específicos, ou “episódios” que fazem parte de sua história pessoal.

Alguns exemplos de memória episódica:

  • O nome do seu animal de estimação.
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  • Casamentos de pessoas importantes como o da sua irmã.
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  • O nome do seu professor da quinta série.
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  • Onde você estava quando aconteceu o atentado de 11 de setembro.
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O outro componente da memória declarativa é a memória semântica, que é a capacidade de recordar fatos e conceitos, geralmente chamados de conhecimentos comuns.

Alguns exemplos de memória semântica:

  • Entender a diferença entre um cachorro e um gato.
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  • Saber que o desastre das torres gêmeas ocorreu em 11 de setembro.
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  • Ser capaz de associar letras aos seus sons.
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  • Lembrar como usar um telefone
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Diferenças Entre Memória Declarativa e Processual

A memória processual é tipicamente uma memória implícita, inconsciente e de longo prazo. A adquirimos através da repetição e prática, e algumas vezes a vemos sendo descrita como memória muscular ou memória corporal.

Ela permite realizarmos ações motoras comuns, essencialmente no piloto automático ocorrendo inconscientemente. Mas também se envolve com processos que envolvem atividades cognitivas.

Geralmente, a amnésia anterógrada afeta apenas a memória declarativa e não afeta a memória processual. Um amnésico pode se lembrar de como falar no telefone, mas não consegue lembrar com quem falou mais cedo naquele dia.

Um exemplo comum das diferenças entre memória implícita e explícita é que a memória implícita permite digitar em um teclado sem olhar para as teclas, enquanto você precisa de memória explícita para lembrar que as teclas ASDF estão à esquerda e JKL estão à direita do teclado.

Alguns exemplos de memória processual são:

  • Dirigir uma motocicleta
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  • Patinar no gelo
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  • Andar de bicicleta
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  • Atirar uma flecha
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Normalmente são tarefas que você pode passar meses ou até anos sem executar e buscá-las novamente rapidamente em sua memória.

Estudos Sobre A Memória Declarativa

Um estudo de 1997 demonstrou que o estresse pode ter um impacto significativo na formação de memórias declarativas.

Os participantes passaram por um processo de três etapas.

  • O primeiro passo envolveu memorizar uma série de palavras.
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  • O segundo consistia em uma situação estressante, como falar em público ou uma tarefa não estressante.
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  • E o terceiro pediu que se lembrassem das palavras da primeira tarefa.
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O desempenho declarativo da memória foi pior nos participantes expostos a uma situação estressante após o aprendizado das palavras. E o estresse crônico observado naqueles com transtorno de estresse pós-traumático contribui para sua capacidade de formar memórias declarativas.

Em 1953, um paciente que teve partes de seu lobo temporal medial, hipocampo e amígdala removidos para tratar sua epilepsia foi estudado para determinar o impacto que isso teve em suas capacidades de memória processual e declarativa.

Após a cirurgia, ele não conseguiu mais formar memórias declarativas, mas ainda conseguiu formar novas memórias processuais e memória de curto prazo. Isso levou à compreensão das diferenças entre memórias processuais e declarativas.

Houveram vários estudos mostrando o impacto do sono de ondas lentas na nossa capacidade de formar memórias declarativas. Ela se beneficia principalmente dos períodos de sono profundo de ondas lentas, enquanto o sono REM(de movimento rápido dos olhos) não parece melhorar a memória declarativa.

Artigo relacionado → Memória Humana: Como As Criamos, Lembramos e Esquecemos?

Artigo de Kim Ann Zimmermann

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