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a psicologia do medo

Por que sentimos medo? A psicologia do medo

O porquê sentimos medo está ligado a uma poderosa emoção humana primitiva que nos alerta para a presença de perigo, que foi fundamental para manter nossos ancestrais vivos e nos conduzirem até aqui hoje.

O porquê de sentirmos medo pode ter duas respostas, as motivações bioquímicas e emocionais. A primeira é realmente biológica e se refere a efeitos químicos em nosso cérebro, enquanto a resposta emocional é altamente pessoal e subjetiva, o que coloca o individual no centro da discussão.

Para melhorar esse entendimento, vamos separá-lo nessas duas motivações principais, depois entenderemos as causas do medo segundo a psicologia e finalmente algumas soluções para seu quadros mais grave, as fobias.

A Reação Bioquímica do Medo

O medo é uma emoção natural e um mecanismo de sobrevivência. Quando confrontamos uma ameaça iminente, nossos corpos respondem de maneiras específicas.

As reações físicas e sintomas do medo incluem transpirar para fazermos troca de temperatura rapidamente, aumento de frequência cardíaca para bombear mais sangue para nossos membros e altos níveis de adrenalina para nos manter extremamente em estado de alerta ou vigilância.

Ele nos dá poderes, pois nosso corpo ficar mais preparado para a ação ou reação, fenômeno chamado de “resposta de luta ou fuga”. Mas isso só porque sentimos medo, e evolutivamente, quando esse fenômeno atingia nossos ancestrais, era por estarem fugindo de predadores e outros perigos, que por vezes eram promovidos por eles próprios.

Essa reação bioquímica é provavelmente um desenvolvimento evolutivo que torna o medo irracional, mas disparado sempre por alguma razão lógica. É sobretudo uma resposta automática crucial para nossa sobrevivência.

A Resposta Emocional do Medo

A resposta emocional é muito particular porque sentimos medo de formas diferentes. Como o medo envolve algumas das mesmas reações químicas cerebrais de outras emoções, como da felicidade e excitação, sentir medo pode também ser um prazer ou diversão.

Por exemplo, quando as pessoas assistem a um filme de terror o fazem por lazer e estão utilizando o medo como um estímulo para entreter. Algumas pessoas são viciadas pela adrenalina liberada no sangue pelos esportes radicais, que são induzidas também pelo mesmo medo.

Outros têm uma reação negativa ao sentimento de medo, evitando todas as situações de medo a todo custo. Embora a reação física seja a mesma, o medo pode ser percebido como positivo ou negativo, dependendo da pessoa.

Seriam então os que utilizam o medo a seu favor pessoas corajosas?

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Quais as Causas do Medo?

Por que sentimos medo?

O medo é incrivelmente complexo, ele envolve bioquímica, fisiologia, psicologia, entre outros conceitos bem amplos. Entender porque sentimos medo é fácil e já foi dito aqui, mas as causas do medo podem nos fazer perdê-lo de vista.

Alguns medos profundos podem ser resultados de experiências ou traumas passados, enquanto outros podem representar o medo de algo totalmente diferente que nos tire da zona de conforto. Isso ocorre durante a perda do emprego, no simples pensamento de perder uma mãe ou um filho.

Essas causas do medo nos fazem entender que ele pode ser desencadeado sem qualquer motivação real, mas por coisas que são previstas para o futuro, ou criados pelo nosso imaginário. Por isso ele também nos ajuda no raciocínio, planejamento e desenvolvimento como um todo.

Outros medos podem ainda serem disparados por reações físicas, como ter medo de altura, pois lhe fazem se sentir tonto, sofrer vertigem ou ter dor no estômago, mesmo que você esteja simplesmente assistindo a um vídeo ou olhando para uma foto que não lhe põe sob perigo real.

Os cientistas estão ainda tentando entender exatamente o que é o medo e o que o causa de fato, mas este é um estudo extremamente difícil à luz das diferenças entre os indivíduos e suas reações pessoais.

A Psicologia Detrás do Medo

Uma coisa é certa sobre todo esse conhecimento da psicologia do medo, a razão porque sentimos medo está atrelada a alguns “gatilhos” que o desencadeia em nossa mente. Isso é um fato evidenciado em pessoas que apresentam medo na direção, medo de altura, medo do escuro ou em qualquer outro caso.

Como o assunto é complexo e depende muito dos porquês pessoais, a superação do medo é encarada de forma individual por psicanalistas. Mas alguns padrões do medo já são identificados por se repetirem de forma semelhante nas pessoas e animais.

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A Aclimatação do Medo

A exposição repetida a situações semelhantes leva a familiaridade com os padrões do medo. Isso reduz tanto a reação ao medo quanto a alegria resultante, levando os viciados em adrenalina dos esportes perigosos a se exporem a cada vez mais emoções novas e mais audaciosas.

Esse conhecimento também forma a base para alguns tratamentos de fobia, que dependem de minimizar lentamente a resposta ao medo, fazendo com que ele pareça mais natural a pessoa.

A Psicologia das Fobias nos Transtorno de Ansiedade

Um aspecto dos transtornos de ansiedade pela psicologia é que ele pode levar a uma tendência de desenvolver um medo do medo. Onde a maioria sente medo apenas durante uma situação percebida como assustadora ou ameaçadora, aqueles que sofrem de transtornos de ansiedade podem ficar com medo de sentir a própria reação do medo.

Uma fobia é uma distorção da resposta natural do medo. Ele é direcionado para um objeto ou situação que não representa perigo real. Então o medo surge mesmo antes de qualquer ameaça e tende a tornar a experiência cada vez mais forte, impedindo que a pessoa tenha clareza da situação como verdadeiramente é.

Os Tratamentos Para Fobias

A psicologia do medo

Tratamentos de fobia que são baseados na psicologia do medo tendem a se concentrar em técnicas como dessensibilização sistemática e na técnica de inundações. Ambas as técnicas trabalham com as respostas fisiológicas e psicológicas do seu corpo para reduzir o medo.

Muitos terapeutas que trabalham com hipnose ou que ensinam a auto-hipnose para seus pacientes, também apresentam métodos bem maduros e de sucesso na maioria dos casos de fobias.

Dessensibilização sistemática

Neste tratamento, você é gradualmente conduzido através de uma série de situações de exposição. Por exemplo, se você tem medo de cobras, pode passar a primeira sessão apenas falando sobre cobras. Lentamente, em sessões posteriores, você passa a olhar fotos de cobras, depois a brincar com cobras de brinquedo e, eventualmente, manipular uma cobra viva. Isso geralmente é acompanhado pela aprendizagem e aplicação de novas técnicas de enfrentamento para gerenciar a resposta ao medo.

A Inundação

Este é outro tipo de técnica de exposição que pode ser bem-sucedida. É baseada na premissa de que sua fobia é um comportamento aprendido e você precisa desaprender ele. Na inundação você fica exposto a uma grande quantidade do objeto temidos ou então é exposto a uma situação temida por um período prolongado de tempo, em um ambiente seguro e controlado até que o medo diminua.

Por exemplo, se você tem medo de direção, você fica dentro de um carro, liga o motor e acelera o veículo. O objetivo é fazer com que você ultrapasse a ansiedade e o pânico potencial do interior do carro para iniciar a confrontar o medo e, eventualmente, perceber que você está realmente bem. Isso pode ajudar a reforçar uma reação positiva (de que você não está em perigo) com um evento temido (estar no controle do volante), acabando assim com o medo.

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Hipnose ou Auto-hipnose

Essa é uma maneira eficaz e confortável de superar o medo e vale destacar que pela hipnose podemos descobrir porque sentimos medo e depois agir sobre a causa. O método age fazendo forte sugestão em camadas neurológicas profundas da mente, após conseguir “enganar” nossa camada consciente do pensamento. O método da hipnose consegue assim mexer com nossas respostas emocionais do medo e pode também ser praticado sozinho(no caso da auto-hipnose).

É importante que as duas primeiras abordagens de confronto contra o medo sejam realizadas apenas com a orientação de um profissional de saúde treinado, porque essas técnicas também são potencialmente traumáticas. No entanto, em algumas circunstâncias, elas têm uma excelente taxa de sucesso se você está disposto a testá-las.

Artigo editado por Lisa Fritscher.

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